02 MONTAGEM E CONFIGURAÇÃO

Parte 2: Montagem e Configuração

INICIANDO A MONTAGEM

Vemos atualmente, placas mãe que utilizam gabinetes AT, e outras que utilizam gabinetes ATX. Apesar da montagem em ambos os casos envolver basicamente os mesmos processos, existem algumas poucas diferenças a serem analisadas. Para facilitar as coisas, primeiramente vou descrever os processos de montagem utilizando uma placa mãe AT e um gabinete mini-torre, e em seguida vou apenas explicar as diferenças (quando existirem) quando usamos um gabinete e uma placa mãe ATX.
Para montar um micro, não é preciso muitas ferramentas. Uma chave de fenda estrela e outra comum de tamanho médio já dão conta do recado. Algumas outras ferramentas como chaves hexagonais (ou chaves "canhão"), pinças, um pega-tudo e um pouco de pasta térmica também são bastante úteis. Os parafusos necessários acompanham a placa mãe e demais componentes.
Iniciando a montagem, o primeiro passo é abrir o gabinete e desprender a chapa de metal onde encaixaremos a placa mãe. Após encaixada a placa mãe na chapa de metal, podemos realizar várias etapas da montagem antes de novamente prender a chapa ao gabinete, assim teremos muito mais facilidade para encaixar as memórias, processador, encaixes do painel do gabinete, cabos flat e também para configurar os jumpers da placa mãe.
Para prender a placa mãe à chapa de metal do gabinete, utilizamos espaçadores e parafusos hexagonais. Os espaçadores são peças plásticas com formato um pouco semelhante a um prego. A parte pontiaguda deve ser encaixada nos orifícios apropriados na placa mãe, enquanto a cabeça deve ser encaixada nas fendas da chapa do gabinete.
A placa mãe não ficará muito fixa caso usemos apenas os espaçadores. Para mantê-la mais firme, usamos também alguns parafusos hexagonais. O parafuso é preso à chapa do gabinete, sendo a placa mãe presa a ele usando um segundo parafuso. Dois parafusos combinados com alguns espaça-dores são suficientes para prender firmemente a placa mãe.



Prender a placa mãe à chapa do gabinete, é uma das etapas mais complicadas da montagem.
O primeiro passo é examinar a placa mãe e a chapa para determinar onde a furação de ambas se combina. Para apoiar melhor a placa mãe, você também pode cortar o pino superior de alguns espaçadores, usando um faca, tesoura ou estilete, e usá-los nos orifícios da placa mãe que não tem par na chapa.

O primeiro passo para fixar a placa mãe à chapa do gabinete é
verificar em que pontos a furação se combina (1)
Agora você deve parafusar os parafusos hexagonais na placa na
chapa de metal do gabinete que correspondem aos encontrados na placa mãe (2)
e encaixar os espaçadores na placa mãe (3)
Basta agora apenas encaixar a placa mãe na chapa. Na foto 4 temos um espaçador sendo encaixado numa fenda da chapa do gabinete, e no detalhe o temos firmemente encaixado.
Finalizando o encaixe, temos agora apenas que parafusar a placa mãe onde colocamos parafusos hexagonais (5).

ENCAIXANDO O PROCESSADOR


Com a placa mãe firmemente presa à chapa de metal do gabinete, podemos continuar a montagem, encaixando o processador. Para encaixar um processador soquete 7, basta levantar a alavanca do soquete ZIF, encaixar o processador e baixar a alavanca para que ele fique firmemente preso. Não se preocupe em encaixar o processador na posição errada, pois um dos cantos do processador e do soquete possuem um pino a menos, bastando que os cantos coincidam.



Pino de orientação no processador e no soquete ZIF.
O processador deve encaixar-se suavemente no soquete. Para resfriar o processador quando em uso, devemos encaixar o cooler sobre ele.
Ao contrário dos demais processadores que usam o soquete 7, o Pentium II, Pentium III e o Celeron Slot One usam um encaixe diferente, batizado pela Intel de Slot One. Apesar do encaixe destes processadores ser um pouco mais trabalhoso, não chega a ser mais difícil, exigindo apenas um pouco mais de paciência. No caso do Celeron soquete 370 ou PPGA, o processo de encaixe é igual ao dos processadores soquete 7, incluindo o encaixe do cooler.
Para encaixar o Pentium II, o primeiro passo é encaixar os suportes plásticos que servem de apoio ao processador. O suporte para o Pentium II é preso à dois orifícios na placa mãe usando presilhas. Pra encaixa-lo, basta soltar as duas presilhas, encaixa-las na placa mãe, encaixar o suporte e em seguida novamente parafusa-lo às presilhas.



Após prender os suportes à placa mãe, basta apenas encaixar o Pentium II como um cartucho de vídeo game. Não se preocupe, não há como encaixar o processador de maneira errada, pois as fendas existentes no slot one permitem que o processador seja encaixado apenas de um jeito. Não esqueça também de ligar o cabo de força do cooler ao conector de 3 pinos ao lado do slot one.
O encaixe do Celeron é idêntico ao do Pentium II. Não se esqueça de usar os suportes plásticos, caso contrário o processador ficará solto, o que pode causar mal contato.

ENCAIXANDO OS MÓDULOS DE MEMÓRIA

O encaixe dos módulos de memória é uma operação bastante simples. Para encaixar um módulo de 30 ou 72 pinos, basta primeiro encaixá-lo inclinado no soquete, empurrando-o a seguir para que assuma sua posição vertical.


Para evitar que o módulo seja encaixado invertido, basta verificar a saliência que existe num dos lados do pente, que deve corresponder à fenda encontrada em um dos lados do soquete.

Encaixar módulos DIMM de 168 vias também é bastante simples. Solte as travas plásticas do soquete, encaixe o pente, como um cartucho de vídeo game, Faça força com ambos os polegares e ao mesmo tempo puxe as travas usando os indicadores. Se preferir, você pode também encaixar primeiro um lado e depois o outro, fazendo movimentos alternados. As travas fecharão conforme os pentes forem sendo encaixados.

CONFIGURAÇÃO DOS JUMPERS

Como já vimos, os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente metalizadas que servem para criar uma corrente elétrica entre dois contatos. Através do posicionamento dos jumpers, informamos à placa mãe como ela deve operar. A configuração dos jumpers é a parte da montagem que exige maior atenção, pois uma configuração errada fará com que o micro não funcione adequadamente, podendo inclusive danificar componentes em casos mais extremos (configurando para o processador uma voltagem muito maior do que o normal, por exemplo).
Para saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você deve consultar o manual da placa mãe. Como exemplo vou usar o manual de uma placa da PCChips, o que lhe dará uma boa base para configurar qualquer placa mãe com a ajuda do respectivo manual. Escolhi o manual desta placa, pois devido ao baixo custo, estas placas parecem ser as mais utilizadas atualmente. No manual encontramos duas páginas dedicadas a nos ajudar a configurar os jumpers da placa, que podem ser vistas a seguir:


Note que cada jumper recebe um nome, como JP8, JP13, etc. Estes nomes servem para nos ajudar a localizar os jumpers na placa mãe. No manual da placa, além de tabelas como esta, contando informações sobre o posicionamento dos jumpers, você irá encontrar um diagrama da placa mãe que indica a localização de cada jumper na placa. Este diagrama não mostra apenas a posição dos jumpers, mas nos ajuda a localizar portas seriais, paralelas, interfaces IDE, assim como os encaixes para o painel do gabinete.

De posse do esquema dos jumpers e do diagrama da placa, fica fácil localizar a posição dos jumpers na placa mãe. Uma última coisa a ser observada, é a marcação do pino 1, que serve para não invertermos a posição dos jumpers.



Agora que já localizamos os jumpers responsáveis pela configuração dos recursos da nossa placa mãe, vamos configurá-los.

VELOCIDADE DO PROCESSADOR


No capítulo sobre placas mãe, vimos que processadores atuais usam um recurso chamado multiplicação de clock. Isto significa que o processador internamente funciona a uma velocidade maior do que a placa mãe. Um Pentium 200 por exemplo, apesar de internamente funcionar a 200 MHz, comunica-se com a placa mãe a apenas 66 MHz. A velocidade de operação do processador é chamada de clock interno (internal clock), enquanto que a velocidade da placa mãe é chamada de clock externo (external clock).
Continuando a tomar o Pentium 200 como exemplo, percebemos que a velocidade interna do processador (200 MHz) é 3 vezes maior que a da placa mãe (66 MHz), dizemos então que no Pentium 200 o multiplicador é 3x. Num Pentium 166, o multiplicador será de 2,5x, já que a frequência do processador (166 MHz) será 2,5 vezes maior do que a da placa mãe (66 MHz).
Placas soquete 7 mais antigas são capazes de suportar multiplicadores de até 3x, porém, configurando o multiplicador como 1,5x, podemos instalar nelas o 233 MMX. Isso acontece por que este processador reconhece o multiplicador de 1,5x como 3,5x, com o objetivo de manter compatibilidade com estas placas mais antigas. Processadores similares, como o K6 de 233 MHz utilizam este mesmo recurso.
Apesar da Intel ter abandonado a fabricação do MMX após a versão de 233 MHz, passando a fabricar somente o Pentium II que usa placas equipadas com o slot One, a Cyrix e a AMD continuaram a lançar processadores soquete 7 com clocks maiores. Para usar estes processadores, você precisará de uma placa mãe super 7, que suporte multiplicadores superiores a 3x e clock externo de 100 MHz.
Segue agora, uma tabela com a configuração do multiplicador e do clock externo de vários processadores.
Processador Clock interno Multiplicador
Clock externo

Pentium 75 MHz 1,5x 50 MHz
100 MHz 1,5x 66 MHz
120 MHz 2x 60 MHz
133 MHz 2x 66 MHz
150 MHz 2,5x 60 MHz
166 MHz 2,5x 66 MHz
200 MHz 3x 66 MHz

Pentium MMX 166 MHz 2,5x 66 MHz
200 MHz 3x 66 MHz
233 MHz 3,5x (configurado como 1,5x) 66 MHz
Pentium II 233 MHz 3,5x 66 MHz
266 MHz 4x 66 MHz
300 MHz 4,5x 66 MHz
333 MHz 5x 66 MHz
350 MHz 3,5 100 MHz
400 MHz 4x 100 MHz
450 MHz 4,5x 100 MHz
AMD K6 166 MHz 2,5x 66 MHz
200 MHz 3x 66 MHz
233 MHz 3,5x (configurado como 1,5x) 66 MHz
266 MHz 4x 66 MHz
AMD K6-2 300 MHz 4,5x ou 3x 66 MHz ou 100 MHz
350 MHz 3,5x 100 MHz
400 MHz 4x 100 MHz

Os processadores Cyrix são uma exceção a esta regra, pois não são vendidos segundo sua frequência de operação, mas sim segundo um índice Pr, que compara seu desempenho com um processador Pentium. Um 6x86 MX Pr 233 por exemplo, opera a apenas 187 MHz, usando multiplicador de 2,5x e clock externo de 75MHz, existindo também versões que operam a 200 MHz, usando multiplicador de 3x e clock externo de 66 MHz.

Processador

Clock interno Multipli-cador Clock externo
6x86 MX Pr 166 133 ou 150 MHz 2x ou 2,5x 66 ou 60 MHz
6x86 MX Pr 200 166 MHz 2,5x 166
6x86 MX Pr 233 187 ou 200 MHz 2,5x ou 3x 75 ou 66 MHz
6x86 MX Pr 266 225 ou 233 MHz 3x ou 3,5x 75 ou 66 MHz
6x86 MII Pr 300 225 ou 233 MHz 3x ou 3,5x 75 ou 66 MHz
6x86 MII Pr 333 250 MHz 2,5x 100 MHz
6x86 MII Pr 350 300 MHz 3x 100 MHz

No caso do Pentium II, muitas placas mãe são capazes de detectar automaticamente a velocidade de operação do processador. Estas placas são chamadas de "jumperless", justamente por não possuírem jumpers, sendo toda a configuração feita através do Setup. Em outras, existe apenas um conjunto de jumpers que permite diretamente configurar a velocidade de operação do processador. Assim, com a configuração x o processador irá operar a 266 MHz e com a configuração y o processador operará a 300 MHz, por exemplo.

VOLTAGEM DO PROCESSADOR

Por serem produzidos utilizando-se técnicas diferentes de fabricação, modelos diferentes de processadores demandam voltagens diferentes para funcionar corretamente. Como sempre, as placas mãe, a fim de manter compatibilidade com o maior número possível de processadores, oferecem a possibilidade de escolher através da configuração de jumpers entre várias voltagens diferentes.

Setar uma voltagem maior que a utilizada pelo processador, causará superaquecimento, que em casos extremos, pode até causar danos, ou mesmo inutilizar o processador. Caso a voltagem selecionada não seja suficiente, o processador ficará instável ou mesmo não funcionará.
No manual da placa mãe, encontraremos informações sobre as voltagens suportadas, assim como a configuração adequada de jumpers para cada uma.
O Pentium comum, usa voltagem de 3,3v. Algumas palcas mãe porém oferecem apenas 3,5v, que é a voltagem usada pelo Pentium VRE. Se for o seu caso, use 3,5v, que apesar de não ser a voltagem ideal não irá causar nenhum mal funcionamento.
O Pentium MMX por sua vez usa uma voltagem ligeiramente inferior: 2,8v. Como as instruções MMX são apenas software, este processador não exige nenhum suporte especial por parte da placa mãe. Qualquer placa que ofereça suporte ao Pentium 200, também suportará os processadores MMX de 166, 200 e inclusive a versão de 233 MHz, bastando neste último caso setar o multiplicador como 1,5x. O único problema é justamente a voltagem. Nem todas as placas mãe antigas oferecem a voltagem dual exigida pelo MMX, o que nos impede de usá-las em conjunto com estes processadores.
Nos processadores AMD K6, K6-2 e Cyrix, a voltagem pode variar confirma a série do processador. Para saber com certeza, basta verificar a estampa superior do processador, que traz a voltagem usada.
O Cyrix 6x86 MX e MII utiliza voltagem de 2,9v. Caso a sua placa mãe não disponibilize esta opção, você poderá usar 2,8v como no MMX.
Ao contrário dos processadores que usam o soquete 7, não precisamos configurar a voltagem ao usar um processador Pentium II. Isso acontece por que este processador é capaz de sinalizar para a placa mãe a voltagem que utiliza, dispensando qualquer configuração externa. Muitas placas são, inclusive, capazes de detectar também a velocidade de operação do processador Pentium II, dispensando qualquer configuração de jumpers.
Apenas a título de curiosidade, os processadores Pentium II, baseados na arquitetura Klamath (até 333 MHz) utilizam 2,8 V e os baseados na arquitetura Deschutes (350 MHz em diante e alguns dos de 300 e 333 MHz) usam 2,0 V.

OUTROS JUMPERS

Além da velocidade de operação e voltagem usadas pelo processador, os jumpers da placa mãe permitem configurar outros recursos importantes, que devem ser revisados antes de ligarmos o micro.

CPU TYPE JUMPER
Muitas placas mãe mais antigas possuem um jumper chamado "CPU Type Jumper" que pode ser configurado como P55C ou P54C. Escolha P54C caso esteja usando um processador Pentium, K5, 6x86 sem instruções MMX ou IDT6. Caso esteja usando um MMX, K6, K6-2, 6x86L, 6x86MX ou 6x86MII escolha P55C.


CMOS DISCHARGE JUMPER (CLEAN CMOS)
As configurações do Setup são gravadas em uma memória especial chamada CMOS, que consiste numa pequena quantidade de memória volátil, alimentada por uma bateria, a fim de manter os dados gravados. Este jumper serve para limpar o CMOS. Isto eliminará senhas de Setup e fará com que o Setup seja reconfigurado com valores defaut. Obviamente você terá que reconfigurar o Setup, por isso é recomendável anotar as opções num papel para poder reconfigurar tudo depois
O CMOS Discharge Jumper pode ser configurado com a opção "Normal Mode" ou com a opção "Clear CMOS". Para limpar o CMOS basta mudar o jumper de posição, retornando-o à original antes de novamente usar o micro.

VÍDEO E SOM ONBOARD
Muitas placas mãe trazem chips de áudio e vídeo embutidos, o que dispensa o uso de uma placa de som e de uma placa de vídeo separadas. Geralmente, porém, estes componentes são de baixa qualidade, fazendo com que muitas vezes o usuário prefira usar placas de vídeo ou som externas.
Nestas placas encontramos jumpers que permitem desabilitar o vídeo e o som onboard para permitir o uso de placas externas, assim como às vezes configurar outras funções referentes a elas.

CONECTORES PARA O PAINEL DO GABINETE
O botão de Reset, o botão Turbo, o Keylock, assim como as luzes de Power, Hard Disk, e Turbo encontrados no painel frontal do gabinete, devem ser ligados à placa mãe para poderem funcionar. Do painel do gabinete saem vários conectores, que devem ser ligados nos encaixes apropriados na placa mãe.

Apesar de sempre a placa mãe trazer impresso ao lado de cada encaixe o conector que deve ser nele acoplado, caso você encontre dificuldades para determinar a posição de algum encaixe, poderá sempre contar com a ajuda do manual. Alguns manuais trazem apenas um diagrama dos conectores, enquanto outros trazem instruções detalhadas sobre as conexões.

Simplesmente deixar de ligar alguns dos conectores do painel não afetaria o funcionamento do micro, o único efeito colateral seria que o botão de reset, a chave turbo e as luzes do display não funcionariam. Isso daria uma a impressão de relaxamento por parte de quem montou o micro, não sendo muito recomendado se você pretende manter a sua reputação :-)
Mas chega de conversa fiada e vamos às conexões:
Speaker: O conector do Speaker possui quatro encaixes, porém usa apenas dois fios, geralmente um preto e um vermelho, ligados nas extremidades do conector. Não se preocupe com a possibilidade de ligar o fio o conector do speaker invertido, pois ele não possui polaridade. Basta apenas que seja conectado no encaixe correto da placa mãe
Reset: O conector do reset possui apenas dois encaixes e dois fios, geralmente um branco e outro laranja. Este conector deverá ser ligado no encaixe da placa mãe sinalizado como "Reset SW", "RST", ou simplesmente "Reset". Novamente você não precisa se preocupar em inverter o conector, pois como o Speaker, ele não tem polaridade.
Keylock: O keylock é uma maneira rudimentar de evitar que estranhos tenham acesso ao computador. Girando uma fechadura no painel do gabinete, o teclado fica travado.
Por sua baixa eficiência, atualmente é raro encontrar à venda gabinetes com a fechadura, ou mesmo placas mãe para com o encaixe para o Keylock. Mais uma vez, a ligação não possui polaridade, bastando ligar o fio no encaixe apropriado.
Hard Disk LED e Power LED: Estas são as luzes do HD e de funcionamento.
O conector para o HDD Led na placa mãe possui sempre 4 pinos. O problema é que o encaixe do painel do gabinete pode ter tanto 2 quanto 4 pinos. Se no seu caso ele possuir apenas 2, este deve ser ligado nos dois primeiros pinos da saída da placa mãe. Ao contrário de outros encaixes, o HDD Led possui polaridade. Geralmente o lado impresso do encaixe deve coincidir com o texto impresso na placa mãe.
O Power Led compartilha a mesma saída de 5 pinos do Keylock. Geralmente, a saída do Power Led é ligada nos 3 primeiros pinos e a do keylock nos 2 últimos. Como no caso do HDD Led, este encaixe possui polaridade, por isso, se a luz do painel não acender ao ligar o micro, basta inverter a posição do conector.

Turbo Switch e Turbo LED: Apesar de não serem mais usados, é provável que você se depare com conectores para o botão turbo ao mexer em micros mais antigos. Nãoexiste mistério em sua conexão, bastando ligar os conectores do botão tubo (Turbo SW ou TB SW) e a luz (turbo Led, ou TB Led) na saída correspondente da placa mãe.

CONFIGURANDO O DISPLAY DO GABINETE

Os gabinetes fabricados até pouco tempo atrás possuem um pequeno display digital destinado a mostrar a velocidade de operação do micro. Apesar de possuir uma função puramente estética, o display do gabinete costuma dar um pouco de trabalho para ser configurado.
O display nada mais é do que um pequeno circuito elétrico que mostra diferentes números de acordo com a disposição dos jumpers da sua parte anterior. Normalmente o gabinete traz um pequeno manual com instruções resumidas do posicionamento dos jumpers para cada número desejado, mas justamente por se tratar de uma explicação quase sempre bastante resumida, é preciso um pouco de paciência para tentar entendê-las.
Se você não teve paciência para tentar entender o manual, ou mesmo se não o possui, uma maneira simples e muito usada de configurar o display, é ligar o micro para acender o display e configurar os jumpers na base da tentativa e erro. Pessoas com um pouco de experiência costumam fazer isso em menos de 1 minuto.
Algumas vezes o display estará em locais de difícil acesso no gabinete, o que dificultará ainda mais sua configuração. Neste caso, você poderá retirar os parafusos que prendem a parte frontal do gabinete e retira-la, facilitando o acesso aos jumpers do display.

JUMPEANDO O HD E O CD-ROM


Encontramos no micro, duas interfaces IDE, chamadas de IDE primária e IDE secundária. Cada interface permite a conexão de dois dispositivos, que devem ser configurados como Master (mestre) e Slave (escravo). O mestre da IDE primária é chamado de Primary Master, ou mestre primário, enquanto o Slave da IDE secundária é chamado de Secondary Slave, ou escravo secundário.
Um disco rígido configurado como Master receberá a letra C:, enquanto outro configurado como Slave receberá a letra D:. Claro que estas letras podem mudar caso os discos estejam divididos em várias partições. Estudaremos o particionamento do disco rígido no próximo capítulo
A configuração em Master ou Slave é feita através de jumpers localizados no disco rígido ou CD-ROM. A posição dos jumpers para o Status desejado é mostrada no manual do disco. Caso você não tenha o manual, não se preocupe, quase sempre você encontrará uma tabela resumida impressa na parte superior do disco Geralmente você encontrará apenas 3 opções na tabela: Master, Slave e Cable Select. A opção de Cable Select é uma espécie de Plug-and-Play para discos rígidos, o problema é que para a opção de Cable Select funcionar, é preciso um cabo flat especial, motivo pelo qual esta opção é pouco usada. Configurando seus discos como Master e Slave, não importa a posição do cabo IDE. Você poderá conectar o Master no conector do meio, por exemplo, sem problema algum, já que o que vale é a configuração dos jumpers.

Numa controladora, obrigatoriamente um dos discos deverá ser configurado como Master, e o outro como Slave, caso contrário haverá um conflito, e ambos não funcionarão.
A posição dos jumpers no HD varia de modelo para modelo, mas normalmente eles são encontrados entre os encaixes do cabo flat e do cabo de força, ou então na parte inferior do HD.

No caso dos CD-ROMs IDE, a configuração dos jumpers é ainda mais fácil, sendo feita através de um único jumper de três posições localizado na sua parte traseira, que permite configurar o drive como Master, Slave ou Cable Select. Geralmente você encontrará também uma pequena tabela, indicando a posição do jumper para cada opção. MA significa Master, SL Slave e CS Cable Select. É quase um padrão que o jumper no centro configure o CD como Slave, à direita como Master e à esquerda como Cable Select, sendo raras as exceções.

ENCAIXANDO AS UNIDADES DE DISCO Drives de disquetes e HDs de 3,5 polegadas deverão ser encaixados nas baixas de baixo enquanto o CD-ROM e eventuais drives de disquetes e HDs de 5,25 polegadas deverão ser encaixados nas baias de cima. Basta encaixar a unidade e parafusa-la à baia do gabinete.
ENCAIXANDO CABOS FLAT E PLUGS DE ENERGIA
Finalizando a instalação das unidades de disco, resta apenas encaixar os cabos flat e os plugs de energia. O único cuidado que você deve tomar será não inverter a posição dos cabos flat e do plug de energia do drive de disquetes.
Para não encaixar os cabos flat de maneira invertida, basta seguir a regra do pino vermelho, onde a extremidade do cabo que está em vermelho deve ser encaixada no pino 1 do conector. Para determinar a posição do pino 1 no conector IDE da placa mãe, basta consultar o manual, ou procurar pela indicação de pino 1 que está decalcada na placa mãe ao lado do conector. O mesmo é válido para o cabo do drive de disquetes.

Ao encaixar a outra extremidade do cabo no HD, CD-ROM ou drive de disquetes, a regra é a mesma, encaixar sempre a tarja vermelha do cabo flat no pino 1 do conector. Geralmente a tarja vermelha ficará na direção do cabo de força, mas sempre existem exceções, enquanto a regra do fio vermelho é infalível.
Muitas vezes o conector da placa mãe possui um encaixe plástico com uma saliência em um dos lados, neste caso além do pino 1, você poderá simplesmente conectar o lado do cabo com ranhuras na direção da saliência no encaixe.
Você também encontrará esta saliência no encaixe da maioria dos HDs e drives de disquetes, bastando neste caso que o lado do cabo com as ranhuras coincida com a saliência.

A conexão do cabo de força também é bastante simples. No caso do Disco Rígido e do CD-ROM, você não precisará se preocupar, pois o cabo só encaixa de um jeito, somente no caso do drive de disquetes existe a possibilidade de inverter o cabo. A posição correta do encaixe é mostrada na figura a seguir.

Já que estamos cuidando do encaixe dos cabos, aproveite e encaixe também o cabo de áudio que liga o CD-ROM à placa de som. Sem ele, você não poderá ouvir CDs de música no micro.
FINALIZANDO A MONTAGEM
Propositadamente, encaixamos o processador, as memórias, os conectores do painel do gabinete, os cabos flat, as unidades de disco e fizemos toda a configuração de jumpers, antes de prender a placa mãe ao gabinete, a fim de facilitar o encaixe dos componentes. Prosseguindo a montagem, devemos agora novamente prender a chapa metálica onde encaixamos a placa mãe ao gabinete, para encaixar os demais componentes.

ENCAIXANDO O CABO DE FORÇA
Em fontes padrão AT, você encontrará dois cabos de força a serem ligados na placa mãe, bastando que os fios pretos de ambos os cabos fiquem no meio. Preste atenção para não inverter a posição dos cabos e deixar os fios pretos nos cantos, pois isto danificaria sua placa mãe.

O cabo de força de uma fonte ATX é fácil de encaixar, dispensando inclusive o cuidado de posicionar os fios pretos no centro, pois o encaixe é único e o diferente formato dos conectores, combinado com a trava plástica encontrada em uma das extremidades, faz com que seja possível encaixar o conector apenas de um jeito.

ENCAIXANDO OS CABOS DAS PORTAS SERIAIS E PARALELAS
Você encontrará na placa mãe, duas interfaces seriais, uma porta paralela e, na maioria dos casos, também uma porta PS/2. Usamos cabos para conectar estas portas à parte traseira do gabinete, onde conectaremos mouses, impressoras e outros dispositivos que utilizem estas portas.
As saídas seriais aparecem na forma de encaixes de 10 pinos, enquanto as saídas paralelas possuem 26 pinos. As saídas PS/2 já possuem apenas 6 pinos, que se organizam na forma de um "C".
Assim como nos cabos flat do HD, utilizaremos a regra do pino vermelho também para não inverter a posição dos cabos das portas serias e paralelas. Novamente você poderá recorrer ao manual ou aos decalques encontrados na placa mãe para verificar a posição dos pinos. Note que todos os cabos ficam virados para o mesmo lado, caso você consiga descobrir a posição correta de um, bastará encaixar os demais em seqüência. Não se preocupe com o cabo da porta PS/2, pois por ter dois encaixes obstruídos, ele só encaixa de um jeito.

Você encontrará cabos seriais com saídas de 9 e de 25 pinos. Em ambos, o conector para a placa mãe e os sinais são os mesmos, apenas mudando o conector externo. As saídas de 25 pinos são um padrão mais antigo, pouco usado atualmente.
Tanto faz prender as saídas seriais e paralelas nas mesmas saídas da parte traseira do gabinete usadas pelas placas de expansão, ou soltá-las das chapas de metal onde normalmente vêem presas e prendê-las nas saídas próximas à fonte reservadas para elas. A última maneira é a mais recomendável, apenas por permitir um uso mais racional do espaço interno do gabinete. Para prender os parafusos hexagonais você poderá usar uma chave hexagonal, ou na falta de uma, improvisar com um alicate.
Em placas mãe padrão ATX, você não terá o trabalho de encaixar cabo algum, pois as saídas seriais, paralelas, assim como eventuais portas USB e PS/2 formam uma espécie de painel na parte anterior da placa, que é diretamente encaixado em uma abertura do gabinete.


ENCAIXANDO PLACAS ISA, PCI E AGP
O encaixe de placas de vídeo, placas de som, modems, placas SCSI ou outro periférico qualquer, é bastante simples. Tanto faz se a placa é padrão PCI, ISA, AGP, VLB, etc., bastando encaixá-las no slot apropriado, como um cartucho de video-game e em seguida prendê-las ao gabinete usando um parafuso. Não é preciso fazer muita força, basta colocar a placa sobre o slot e fazer força alternadamente de uma lado e de outro, até que o encaixe seja perfeito
Placas com vídeo e som onboard acompanham cabos flat que devem ser ligados nas saídas de vídeo e som da placa, a fim de disponibilizar as saídas de áudio e vídeo. Neste caso, o único cuidado é observar a regra do pino vermelho.
Terminando a montagem do micro, basta novamente fechar o gabinete e ligar o mouse, teclado, impressora, e demais periféricos externos. Você notará que a fonte do gabinete possui duas tomadas. A de baixo, obviamente deve ser conectada à rede elétrica, enquanto a de cima serve como uma extensão onde pode ser ligado o monitor. Tanto faz ligar o monitor diretamente na tomada, quanto ligá-lo na fonte do micro, pois a segunda tomada da fonte funciona apenas como uma extensão.
Se você seguiu todas as instruções corretamente, e nenhum componente do seu hardware está danificado, ao ligar o micro será realizada a contagem de memória indicando que o micro está funcionando aparentemente sem problemas. Porém, se nada surgir na tela e você começar a ouvir bips intermitentes, ou mesmo o computador não der nenhum sinal de vida, então estamos com problemas. Mas como a vida é feita de desafios, respire fundo e mãos à obra, se tudo funcionasse na primeira tentativa não teria muita graça não é? ;-)

SOLUCIONANDO PROBLEMAS

Cabos mal encaixados, memória RAM ou cache com problemas, defeitos na placa de vídeo ou na placa mãe e incompatibilidade entre os componentes, são apenas algumas das hipóteses na enorme lista de situações que podem impedir o funcionamento de um computador.
O problema mais comum é, ao ligar o computador, não aparecer nenhuma imagem na tela e serem emitidos vários Bips. Estes Bips são indicações emitidas pelo BIOS do micro que dão pistas valiosas sobre o que está errado. Caso, de início, apesar do computador estar aparentemente inativo, você não ouça bip algum, espere algum tempo antes de desligar o computador, pois algumas vezes o BIOS pode perder um ou dois minutos testando o hardware antes de começar a emitir os bips de erro.
Verifique primeiro se todos os cabos estão bem encaixados, experimente também retirar e encaixar todos sucessivamente. Se isto não resolver, experimente retirar todas as placas de expansão do micro e desconectar as unidades de disco deixando apenas a placa de vídeo, as memórias e o processador, pois algumas vezes, placas mal comportadas podem causar conflitos que impedem o boot. Caso o micro passe a inicializar normalmente, experimente ir recolocando as demais placas uma a uma para determinar a causadora dos problemas.
É possível também que a placa de vídeo ou os pentes de memória estejam mal encaixados ou com mal contato. Experimente retirá-los, passar borracha de vinil (aquelas borrachas plásticas de escola) em seus contatos para limpar qualquer sujeira que possa estar causando mal contato, e reencaixa-los em seus lugares cativos.
Se mesmo assim o problema persistir, experimente trocar a placa de vídeo de slot e as memórias de soquete, pois em alguns casos raros determinadas combinações causam conflitos misteriosos em placas mãe de baixa qualidade. Se nada der certo, então é provável que algum componente esteja danificado. Neste caso você terá que testar cada componente em separado para determinar qual está com problemas. A maneira mais fácil de fazer isso é arrumar um outro computador que esteja funcionando emprestado e ir substi-tuindo as peças deste micro pelas do seu até descobrir qual não está funcionando. Os maiores suspeitos são os pentes de memória, seguidos pela placa mãe e pela placa de vídeo.
Se o micro não dá sinal nenhum de vida, sequer um bip, mas o ventilador da fonte e o cooler chegam a funcionar, verifique se os cabos IDE não estão encaixados ao contrário, o que causa este sintoma e é comum de acontecer. Se for o caso, bastará encaixar corretamente os cabos e tudo funcionará. Se os cabos estiverem encaixados perfeitamente mas o problema persistir, tente novamente retirar todas as placas de expansão e unidades de disco como no exemplo anterior (apenas por eliminação) e verifique se o cabo do speaker está corretamente ligado à placa mãe e se não está partido. Se mesmo estando o speaker corretamente conectado, e a placa mãe não emitir bip algum, é provável que o problema seja na placa mãe.
Finalmente, caso o micro não dê sinal algum de vida, e nem mesmo o ventilador da fonte ou o cooler cheguem a ligar, é sinal de problemas ligados à alimentação. Verifique se a chave de tensão (110/220) da fonte e do estabilizador estão na posição correta. Se o problema persistir, é provável que a fonte (ou o estabilizador) esteja com problemas, tente trocá-los.
Se nada der certo, procure não insistir. Depois de tudo isso, você já deve estar cansado. Procure descansar um pouco, e tente novamente mais tarde ou no outro dia. Estando mais descansado, será muito mais fácil descobrir o que está errado.

Se o micro inicializar normalmente, mas começar a apresentar vários travamentos depois de pouco tempo de uso, muito provavelmente temos um problema na memória RAM ou memória cache. Experimente entrar no Setup e desativar temporariamente cache L2 para ver se é ele o causador. Experimente também para diminuir a velocidade de operação das memórias, através da opção "DRAM Timing Control" que está na sessão "Advanced Chipset Setup" do Setup. "Fast" ou "6-2-2-2" significa

rápido e "Slow" ou "7-3-3-3" lento. Caso o problema desapareça, experimente ir abaixando gradualmente os tempos de espera da memória e ativar o cache L2, até que os problemas voltem, isolando o causador do problema.
Caso os problemas continuem, verifique se o processador não está superaquecendo. Faça o teste do dedo, usando o micro até que aconteça um travamento. em seguida abra o micro, retire o cooler, e toque o processador. Se você não conseguir manter o dedo por 10 segundos, então o seu processador está superaquecendo, o que pode estar causando estes travamentos.
Se o problema ainda persistir, experimente trocar os módulos de memória, pois tudo indica defeito na memória RAM.

CONFIGURAÇÃO DO SETUP E
FORMATAÇÃO DO DISCO RÍGIDO

Depois de montar o computador, a próxima etapa é configurá-lo a nível de software, antes de poder instalar o sistema operacional. Esta segunda etapa consiste basicamente em configurar algumas opções básicas do CMOS Setup e formatar o disco rígido.
A configuração básica do CMOS Setup, consiste apenas em detectar os discos rígidos instalados, configurar o drive de disquetes e acertar a hora do relógio. Para acessar o Setup, basta pressionar uma certa tecla ou combinação de teclas durante a contagem de memória. O mais comum é pressionar a tecla DEL. Em alguns Bios é usada a tecla F10 ou mesmo combinações de teclas como Crtl + Alt + S, geralmente informadas durante o boot.
Dentro do Setup, entre na sessão "Standard CMOS Setup", ou simplesmente "Standard Setup", e configure a unidade de disquetes como sendo de 1,44 Megabytes e 3,5 polegadas. Caso você esteja utilizando um drive de disquetes de 2.88 MB, ou mesmo uma unidade mais antiga, basta escolher a opção correspondente. Caso não possua um drive de disquetes instalado escolha a opção "none". Aproveitando que já estamos por aqui, aproveite para acertar também a hora do relógio.
Retornando ao menu principal do Setup, acesse agora a opção "IDE HDD auto Detection" ou "Auto IDE", para que o seu disco rígido seja automaticamente detectado. Provavelmente surgirão três opções, permitindo configurar o disco rígido para operar no modo Normal, Large ou LBA. Escolha a opção onde o disco aparece como LBA, pressionando o número correspondente
Finalizando a configuração, basta usar a opção Save & Exit encontrada no menu principal do Setup para gravar as configurações e sair. Usando um Bios AMI você deverá pressionar a tecla ESC no menu principal do Setup para que a opção apareça.

PARTICIONAMENTO E FORMATAÇÃO DO HD
Após configurar as opções essenciais do Setup, o micro deverá ser capaz de inicializar normalmente e de dar o boot através de um disquete.
Como o disco rígido ainda não possui nenhum sistema operacional, vamos precisar de um disquete de boot para inicializar a máquina. Mesmo que você pretenda instalar o Windows 95, é recomendável usar um disco de boot do Windows 98, pois ele inclui suporte a drives de CD-ROM IDE e SCSI, sem necessidade de alterar os arquivos de inicialização, o que lhe poupará de uma boa dor de cabeça ao instalar o Windows a partir de um CD-ROM. Peça à um amigo que use o Windows 98 para fazer um disco de inicialização para você.
Após o boot, se você tentar acessar a sua unidade C, receberá uma mensagem de erro, como se não houvesse disco rígido nenhum instalado na máquina, pois o disco ainda precisa ser formatado para ser reconhecido e utilizado pelo sistema operacional. Existem vários programas que realizam esta tarefa, mas iremos utilizar aqui o Fdisk que faz parte do disco de boot do Windows. Basta chamá-lo com o comando A:\FDISK
Assim que aberto, o FDISK perguntará se você deseja ativar o suporte a discos de grande capacidade. Respondendo "sim" o disco será formatado usando a FAT 32, respondendo "não" será usada a antiga FAT 16.

INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO WINDOWS
Após particionar e formatar o disco rígido, só falta instalar o sistema operacional para deixar o micro pronto para o uso.

INSTALANDO O WINDOWS
Apesar de não existir nenhum problema em instalar o Windows apartir de um CD-ROM, é mais prático copiar os arquivos de instalação para o disco rígido e instalar o Windows apartir dele, pois assim, além do tempo de instalação ser menor, você conservará uma cópia dos arquivos de instalação em seu disco rígido, o que o poupará de ter de ficar procurando o CD ou disquetes toda vez que for instalar um periférico novo e os discos forem solicitados, além de tornar mais prática uma eventual reinstalação do sistema.
Para copiar os arquivos de instalação, crie uma pasta em seu disco rígido, "Winsetup", por exemplo (c:\md winsetup pelo DOS), e copie para ela, todos os arquivos de instalação que estão no diretório raiz do CD do Windows 95 ou no diretório "Win98" do CD do Windows 98. Os arquivos somam cerca de 50 MB para o Windows 95 e cerca de 100 MB no caso do Windows 98, que incluirão vários arquivos .cab e alguns executáveis. Não é preciso copiar as outras pastas incluídas no CD. Use o comando "copy *.* c:\winsetup" dentro da pasta do CD onde estão os arquivos para copiar tudo.
Copiar os arquivos de instalação para o disco rígido não é considerado pirataria (a menos é claro que seu CD já seja pirata :-), pois você pode perfeitamente fazer uma cópia de segurança do software.
Para chamar o programa de instalação, basta acessar o diretório onde você gravou os arquivos de instalação do Windows, ou o CD-ROM, e usar o comando "instalar" ( "install" caso você esteja instalando o Windows em Inglês).
O Scandisk será executado automaticamente para verificar se existem erros lógicos no disco rígido. A instalação só poderá continuar depois que todos os erros tenham sido corrigidos.
Após executado o Scandisk, finalmente entrará em ação o programa de instalação do Windows. Logo depois de carregado o assistente, ser-lhe-á mostrado o contrato de licença do Windows, perguntando se você o aceita. Obviamente o Windows só será instalado caso você aceite os termos do contrato, por isso, o jeito é responder "aceito" ou então ir procurar outro sistema operacional. ;-)
O próximo passo é escolher o diretório onde o Windows será instalado. Será sugerida a pasta "Windows", mas você poderá escolher outro diretório qualquer a seu gosto. Surgirá então uma nova tela de opções permitindo selecionar os acessórios a serem instalados. O mais recomendável é a escolha da instalação personalizada, que permitirá selecionar um a um os componentes opcionais que serão instalados.
Continuando, surgirá o quadro de informações do usuário, onde você deverá digitar seu nome (ou outro nome qualquer) e se quiser o nome de sua empresa. Também será perguntado logo a seguir, o número de série de sua cópia do Windows, número que virá colado na caixa do CD.
No Windows 95, a próxima etapa será a configuração do ambiente de rede. Na janela de identificação, você deverá fornecer um nome para o seu computador, o nome do grupo de trabalho, e uma descrição do computador. Estes dados identificarão o micro no ambiente de rede. Caso o computador não vá ser conectado a rede alguma, basta preencher os espaços com nomes fictícios. Será perguntado então, quais protocolos de rede você deseja instalar. Para acessar a Internet, você precisará apenas do adaptador para Rede Dial-Up e do protocolo TCP/IP. Para usar a conecção via cabo do Windows, você deverá instalar também o cliente para redes Microsoft e o protocolo NetBeui. No caso de um micro a ser ligado em rede, você deverá instalar também os protocolos usados na rede (geralmente IPX/SPX ou NetBeui). Para posteriormente modificar os protocolos de rede, você deverá acessar o ícone "redes" do painel de controle.
Após configurar o ambiente de rede, será mostrada uma lista dos componentes de hardware que foram detectados durante a instalação. Você poderá modificar livremente a lista, ou deixar para fazer as alterações através do painel de controle após o término da instalação.
O Windows perguntará então se você deseja criar um disco de boot, pedindo que seja inserido um disquete na unidade A. Tanto faz criar ou não o disco agora, pois você poderá criar quantos discos de boot quiser, a qualquer momento, acessando o painel de controle, adicionar/remover programas, e finalmente a guia disco de inicialização (boot). Para criar o disco de boot, serão pedidos os arquivos de instalação do Windows .
Será iniciada finalmente a cópia dos arquivos.

Aproveite para dar uma relaxada, ou tomar um café, pois, até a cópia dos arquivos terminar, não haverá muito o que fazer.
Após terminada a cópia dos arquivos, o sistema será reiniciado e a instalação continuará com a detecção e instalação de dispositivos Plug-and-Play, e outras configurações do sistema. Novamente o processo é automático e um pouco demorado, aproveite para tomar mais um cafezinho :-)

CONFIGURANDO O HARDWARE
A instalação lógica do hardware no Windows 95/98, se resume à instalação de um driver de dispositivo. Um driver de dispositivo é um pequeno arquivo que funciona como um "manual de instruções" dando informações sobre os recursos da placa de vídeo, placa de som, etc. e "ensinando" o Windows como ele funciona e o que fazer com ele.
O Windows traz uma grande biblioteca de drivers fornecidos pelos próprios fabricantes, o que lhe permite instalar automaticamente vários periféricos, como placas de som da família Sound Blaster, a maioria dos modelos de placas de vídeo, muitos modelos de modems e impressoras, CD-ROMs IDE, vários modelos de placas SCSI, além do hardware básico do computador, como interfaces IDE, portas seriais e paralelas, drives de disquetes e, no caso do Windows 98, também portas USB, interfaces IDE UDMA, etc. Porém, apesar de grande, a biblioteca do Windows possui drivers para apenas alguns componentes e além de tudo está sempre desatualizada.
Caso o Windows não tenha o driver para o dispositivo, pedirá os drivers fornecidos pelo fabricante. Você deverá então inserir o CD-ROM ou o disquete que contém os arquivos e apontar sua localização.
Em outros casos será instalado um driver genérico, que apesar de funcionar, não permite ao Windows utilizar todos os recursos do dispositivo. Devemos então substituí-lo pelo driver fornecido pelo fabricante para aproveitar todos os seus recursos. Se você instalar uma placa de vídeo Trident 9680 no Windows 95 por exemplo, o Windows usará o driver "Trident Super VGA" que só permite o uso de 256 cores. Para que a placa possa exibir 16 milhões de cores é preciso instalar os drivers que vieram junto com a placa.
Sempre que você comprar qualquer componente de hardware, seja uma placa de vídeo, placa de som, modem, placa mãe, impressora, scanner, zip-drive, etc. exija o CD ou disquete que contém o seu driver. Sem o driver não é possível instalar o dispositivo, e fazê-lo funcionar.
Você poderá ver todos os dispositivos que estão instalados, e ver detalhes sobre os drivers e endereços que cada um está usando, acessando o "painel de controle", ícone "sistema" e a guia "gerenciador de dispositivos".
Você esta com o CD do fabricante em mãos, mas não está conseguindo achar os drivers da sua placa? Não se preocupe, isto acontece sempre, pois geralmente os fabricantes incluem drivers para várias placas diferentes no CD, e não apenas para a que você comprou. Além disso são incluídos drivers para vários sistemas operacionais diferentes: Windows 3.1, Windows 95 e 98, Windows NT, etc. além de manuais e outros acessórios, que transformam o CD numa verdadeira selva de arquivos.

CONSEGUINDO DRIVERS ATUALIZADOS

Todos os bons fabricantes de periféricos, mantém os drivers para seus dispositivos em constante desenvolvimento. Este desenvolvimento garante drivers cada vez melhores tanto em termos de compatibilidade quanto em termos de desempenho. Você poderá conseguir gratuitamente os drivers mais atuais para seus dispositivos nos sites de seus respectivos fabricantes.
Um bom lugar na Internet para procurar drivers, é o Winfiles, um ótimo site que concentra praticamente todos os drivers disponíveis para Windows 95, 98, NT e CE, dividindo-os por categorias, como placas de vídeo, modems, placas de som etc. e, em seguida, pelos fabricantes. Para encontrar o driver mais recente para uma placa de vídeo Trident 9780 por exemplo, bastaria acessar a categoria "Video Adapters" e em seguida "Trident". O endereço da sessão de drivers do Winfiles é: http://winfiles.com/drivers
Além do Winfiles, existem vários outros sites que disponibilizam drivers atualizados. Bons lugares para procurar são:
http://www.drivershq.com/
http://www.driverguide.com/
http://www.driverforum.com/
http://www.driverzone.com/
A possibilidade de conseguir drivers pela Internet será útil também quando você precisar instalar um dispositivo qualquer e não possuir seus drivers. Bastará então saber a marca e o modelo para encontrar os drivers necessários.

INSTALANDO PLACAS DE SOM
A instalação de placas de som Plug-and-Play, tanto no Windows 98 quanto no 95 é bastante simples. Após instalar fisicamente a placa, basta inicializar o Windows, para que seja detectado o novo hardware. Dependendo do modelo da placa, o Windows já possuirá os drivers adequados e a instalará automaticamente, pedindo apenas a localização dos arquivos de instalação do Windows (caso você tenha instalado o Windows apartir do disco rígido e os arquivos ainda estejam gravados ele usará os arquivos automaticamente sem emitir a mensagem, caso contrário será solicitado o CD do Windows). Em outros casos, será solicitado o driver fornecido pelo fabricante, bastando que você indique a localização dos arquivos.
No Windows 95 será exibida uma mensagem pedindo a localização do driver da placa. Clique no botão "Procurar...", será aberta uma nova janela. No menu de baixo indique em que unidade está o disco com os drivers (CD-ROM ou disquete por exemplo) e no menu de cima indique a pasta onde o driver está. Quando terminar clique no botão "OK" para fechar a janela abrir, e novamente "OK" na outra janela. Pode ser que sejam solicitados também os arquivos de instalação do Windows, bastando colocar o CD do Windows na bandeja.

INSTALANDO MODEMS
Todos os modems atuais são compatíveis com o padrão PnP, o que torna sua instalação bem parecida com a de uma placa de som. Basta encaixar o modem em um slot disponível da placa mãe e o Windows irá detecta-lo automaticamente, iniciando o assistente para instalação do novo hardware, bastando como no exemplo da placa de som, que seja mostrada a localização dos drives.
Caso o seu modem seja hardmodem, então provavelmente ele possuirá jumpers que permitirão desabilitar o PnP e configurar manualmente os endereços COM e IRQ usados pelo modem. Neste caso, você deverá escolher endereços que não entrem em conflito com outros dispositivos, e instalar o modem através do ícone "modems" do painel de controle.

INSTALANDO IMPRESSORAS
Para instalar sua impressora no Windows 95/98, basta acessar o menu Meu Computador/Impressoras e em Adicionar nova Impressora. Será então aberto o assistente de instalação. Clique no botão avançar, e chegará a um menu com vários drivers de impressoras. Caso o Windows não possua o driver para a sua impressora, basca clicar no botão "com disco" e instalar os drivers do fabricante.
Durante a instalação, o Windows perguntará em qual porta lógica a impressora está instalada. A menos que tenha você instalado a impressora em uma segunda porta paralela ou esteja usando uma impressora serial, deverá ser escolhida a porta LPT1.

INSTALANDO SCANNERS
A instalação de Scanners se resume à instalação de um driver TWAIN ou "Tecnology Without any Interesting Name" (por incrível que pareça: "tecnologia sem nenhum nome interessante").
"Driver" neste caso é apenas uma maneira de dizer, pois o "driver" TWAIN é, na verdade, apenas um pequeno programa encarregado de controlar o scanner. O uso de drivers TWAIN facilita bastante nossa vida, pois permite que o scanner seja usado apartir de qualquer aplicativo gráfico, do parrudo Photoshop ao simplório Imaging do Windows, pois quem escaneia a imagem é o driver TWAIN: o programa gráfico é usado apenas para abrir a imagem já pronta.
Para instalar o driver TWAIN, basta executar o programa de instalação contido no CD ou disquetes fornecidos pelo fabricante. Para usar o scanner basta mandar que o programa gráfico (Imaging, Photo Editor, Paint Shop Pro, Photoshop. etc.) escaneie a imagem.
A grande maioria dos scanners atuais usam a porta paralela do micro, o que resume sua instalação a ligar seu cabo na porta paralela. A impressora deverá então ser ligada na saída "Printer" do scanner, que funcionará como uma extensão. Outros modelos de scanners usam controladoras SCSI ou mesmo controladoras proprietárias. A instalação destas controladoras não é nenhum mistério, basta usar a opção "adicionar novo hardware" do painel de controle e fornecer os drivers do fabricante caso o Windows não disponha de drivers para o dispositivo.

INSTALAÇÃO DE CONTROLADORAS SCSI
Uma única controladora SCSI permite a instalação de vários periféricos. Uma controladora de 8 bits suporta o uso de 7 periféricos, enquanto uma controladora de 16 bits permite a conexão de até 15. Cada periférico recebe um ID, que pode ser um número de 0 a 6, numa controladora de 8 bits, e de 0 a 14, no caso de uma controladora de 16 bits. Dois periféricos não podem usar o mesmo ID, assim como um modem não pode compartilhar o mesmo IRQ usado pela placa de som.

USANDO O GERENCIADOR DE DISPOSITIVOS
Para ver todos os periféricos instalados, e poder mudar seus endereços de IRQ, DMA etc. o Windows oferece o Gerenciador de dispositivos. Acesse-o entrando no "Painel de Controle", "Sistema" e em seguida em "Gerenciador de Dispositivos".
A organização do gerenciador de dispositivos, é bem parecida com a do Windows Explorer, e por isso bem familiar. Os dispositivos estão organizados em categorias, tais como "adaptadores de vídeo", "adaptadores de rede" etc. Para ver os dispositivos, basta clicar duas vezes sobre a categoria correspondente.

Para ver todos os endereços de IRQ, DMA, E/S e memória que estão ocupados, e quem está ocupando cada um, basta clicar sobre o ícone "Computador" no topo do gerenciador, e em seguida no botão "Propriedades".
Na parte superior da janela, você poderá escolher que sejam exibidos os endereços de IRQ, de DMA, E/S ou Memória.

ATUALIZANDO DRIVERS

Abrindo novamente a janela de propriedades do dispositivos, escolha agora a guia "Driver". Clicando em "Detalhes do arquivo driver" serão mostrados os arquivos que compõe o driver e aonde eles estão gravados. Para substituir o driver instalado por uma versão mais atual, clique no botão "atualizar driver"

REINSTALANDO O WINDOWS
Em muitos casos, é muito mais simples e rápido simplesmente jogar tudo para o alto e partir para uma reinstalação do sistema operacional, do que tentar solucionar algum problema mais grave. Um programa mal comportado pode substituir bibliotecas de arquivos usadas por outros programas ao ser instalado; arquivos importantes ou mesmo o registro poderiam ser danificados devido a uma queda de energia que resetasse o micro, ou mesmo devido a mau funcionamento dos pentes de memória, entre inúmeros outros problemas que surgem quando menos se espera. Se você já tentou de tudo para resolver o problema sem sucesso, e chegou à conclusão que não resta outra alternativa senão a reinstalação do sistema operacional, então algumas dicas podem ser úteis.
Existem dois tipos de reinstalação do Windows: a completa e a parcial. Uma reinstalação parcial significaria simplesmente executar o programa de instalação e reinstalar o Windows no mesmo diretório, por cima do antigo . Neste caso, você não perderia nada, todos os seus programas continuariam funcionando e todas as configurações seriam mantidas, mas em compensação poucos problemas poderiam ser resolvidos, pois o registro seria mantido intacto. Este tipo de reinstalação serviria apenas para reescrever arquivos de sistema que tivessem sido acidentalmente apagados ou para substituir arquivos corrompidos, desde claro que você soubesse quais arquivos estão com problemas. Por outro lado, uma reinstalação completa do sistema operacional seria capaz de solucionar qualquer tipo de problema, com exceção, é claro, de incompatibilidades, conflitos, ou defeitos no hardware do micro.
Para reinstalar o seu Windows do zero, sem precisar formatar o disco, basta que você o instale em um diretório diferente do anterior. Se o seu Windows estava instalado na pasta "Windows", instale na pasta "Win95" ou "Win98" por exemplo. Para evitar confusão, antes da instalação renomeie sua pasta "Arquivos de Programas". Concluída a instalação, delete sua antiga pasta Windows e antiga Arquivos de Programas, mantendo no disco apenas o que for aproveitável.


Nenhum comentário: